Centro de Documentação da PJ
Analítico de Periódico

CD 341
ANÁLISE DE RESÍDUO DE TIRO COLETADO DE SOBRANCELHA DE ATIRADOR USANDO MICROANÁLISE EM MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA
Análise de resíduo de tiro coletado de sobrancelha de atirador usando microanálise em microscopia eletrônica de varredura [Recurso eletrónico] : um estudo de controle de tempo de persistência / José Augusto Barbosa de Andrade ..[et al.]
Revista Brasileira de Criminalística, Brasília, Vol. 13, n. 1 (2024), p. 7-16
Ficheiro de 514 KB em formato PDF.


MICROSCOPIA ELECTRÓNICA DE VARRIMENTO, ARMA DE FOGO E MUNIÇÕES, ANÁLISE DE VESTÍGIOS

Neste trabalho coletou-se resíduos nas sobrancelhas do atirador, uma área não convencional de coleta, utilizando suportes de alumínio com fita de carbono para análise da persistência dos resíduos até 8 h após o tiro. Foi utilizada uma espingarda calibre 28 Ga, comumente encontrada e usada na região Sul e Sudeste do Pará. A técnica de microscopia eletrônica de varredura acoplada à espectroscopia de energia em dispersão de raios X (MEV/EDS) demonstrou ser eficiente na confirmação da persistência dos resíduos de tiro (GSR, do inglês - Gunshot Residues) nos intervalos de 2 h, 4 h e 8 h após realização do tiro e posterior coleta nas sobrancelhas de um atirador. Foram encontradas 16 (dezesseis) partículas características em ambas as sobrancelhas 2 h após a realização do tiro e apenas 1 (uma) partícula na sobrancelha esquerda, tanto 4 h, quanto 8 h após os tiros realizados com a espingarda calibre 28 Ga. O método atual empregado pela Polícia Científica do Estado do Pará, utiliza o reagente de rodizonato de sódio, que não fornece resultados conclusivos, sendo necessário detectar chumbo (Pb), bário (Ba) e antimônio (Sb) combinados em uma única partícula com morfologia esférica/esferoidal ou irregular para confirmar a origem do GSR. Nessa região do estado do Pará, Brasil, há a necessidade da utilização de uma técnica mais robusta para identificar resíduos de tiros de arma de fogo, que atenda às demandas das autoridades policiais e judiciais. A técnica do MEV-EDS é eficaz, inequívoca, conclusiva para disparo de arma de fogo com a utilização de munição convencional, e pode ser implementada como uma ferramenta auxiliar importante no protocolo forense da região.