Centro de Documentação da PJ
Monografia

CD336
GOMES, Nalva Elisa Alves Bucuane Ferreira
O terrorismo em Moçambique [Recurso eletrónico] : as responsabilidades do Estado e o papel da comunidade internacional / Nalva Elisa Alves Bucuane Ferreira Gomes.- Évora : [s. n.], 2023.- 1 CD-ROM ; 12 cm
Tese de Mestrado em Relacções Internacionais e Estudos Europeus, apresentada à Universidade de Évora, Escola de Ciências Sociais, tendo como orientadora Irene Viparelli. Ficheiro de 587 KB em formato PDF (74 p.).


TERRORISMO, DIREITOS HUMANOS, EXTREMISMO, ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, TESE, MOÇAMBIQUE

A presente dissertação procura analisar o fenómeno do terrorismo em Cabo Delgado, no Norte de Moçambique. A primeira parte do trabalho analisa as causas sociológicas, políticas, económicas e culturais do surgimento do terrorismo, demostrando o carater complexo do fenómeno. A segunda parte foca-se na resposta do estado moçambicano, procurando avaliar a sua eficácia. Resulta que a inação e a inadequação das medidas de combate ao terrorismo levadas a cabo pelo governo, têm representado fatores de radicalização do fenómeno. A última parte da tese aborda o papel dos atores regionais e da comunidade internacional no combate à insurgência. Mostra-se que a relutância do governo de Moçambique em pedir ajuda e o atraso conseguinte no envolvimento dos seus parceiros regionais, têm sido fatores determinantes para a radicalização do terrorismo em Cabo Delgado. A tese utiliza um método indutivo, que a partir da análise dos elementos fundamentais da conjuntura de Moçambique procura definir quais são os fatores relevantes do fenómeno, com vista a possíveis generalizações. Assim, os objetivos da análise desenvolvida são: 1. Demonstrar que o terrorismo em Moçambique, é um fenómeno complexo, resultante de múltiplas causas heterogéneas; 2. que o seu combate não poderá ser levado a cabo pelo Estado, de forma isolada, mas apenas se todos os países, ainda que não sejam alvos, tomarem medidas conjuntas; 3. que é preciso um maior envolvimento e comprometimento das agências regionais e globais, com maior destaque para a União Africana, que engloba quase todos os países do continente e para a SADC, que deverá ter um papel mais ativo e firme com vista a garantir a segurança na região.